Governo espanhol vai pedir esclarecimento formal sobre declaração de independência da Catalunha

Resposta do presidente catalão determinará futuras decisões governo espanhol, que pode restringir autonomia da região. 

Premiê da Espanha, Mariano Rajoy, faz discurso sobre a Catalunha no Palácio Moncloa, em Madri (Foto: Paul White/AP Photo)

 Premiê da Espanha, Mariano Rajoy, faz discurso sobre a Catalunha no Palácio Moncloa, em Madri (Foto: Paul White/AP Photo)

Espanha ameaça intervir na Catalunha

Esse questionamento é um requisito formal para que alguma medida seja tomada sob o artigo 155 da Constituição, que pode suspender a autonomia da região.

Declaração confusa

Na terça-feira (10), o presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, anunciou no parlamento o resultado do refendo em que aprovou o "sim" à independência catalã - aprovada por 90% dos votantes. Para o líder catalão, com esse resultado, a região ganhou o "direito de ser independente, a ser ouvida e a ser respeitada", mas propôs a abertura de um processo de diálogo com Madri. Porém, após a declaração, foi assinado um documento que proclamava a "República Catalã" - classificado nesta quarta como apenas como ato simbólico pelo governo catalão.

O pronunciamento frustrou os independentistas que esparavam a declaração unilateral clara da separação e não deixou evidente a posição do governo catalão, o que gera dúvidas sobre o futuro da relação da região autônoma com a Espanha.
VEJA AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE A INDEPENDÊNCIA DA CATALUNHA
 
Mapa Catalunha (Foto: Arte/ G1) Mapa Catalunha (Foto: Arte/ G1)   
Mapa Catalunha (Foto: Arte/ G1)

Governo espanhol

Após o pronunciamento no parlamento catalão, o governo espanhol convocou uma reunião de emergência com os ministros para discutir os próximos passos na crise do governo central com a região da Catalunha.
Fontes do governo da Espanha ouvidas pela agência Efe classificaram como inadmissível "fazer uma declaração implícita de independência para depois deixá-la suspensa de maneira explícita".
Em 1º de outubro, a Catalunha realizou um referendo pela independência, que teve comparecimento de apenas 43%, dos quais mais de 90% afirmaram que querem a separação do país e a formação de uma república. Desde o princípio, a votação foi considerada ilegal pelo governo de Madri, que enviou as forças de segurança para reprimir a votação. O confronto entre independentistas e forças de segurança terminou com mais de 800 feridos.

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